sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Experiências aleatórias

Sevilha... o que temos a dizer? Tem sítios bonitos, blablabla, o habitual. Contém um certo encanto. Contudo, a hora da partida não deixou aquele sabor agridoce do costume, antes pelo contrário. Estávamos felizes por abandonar a espiral de antipatia que habitava o nosso quartinho. Casais e casalinhos, ninguém nos dirigiu sequer a palavra (nem sabem o que perderam).



Assim partiram duas alegres sardinhas, de mochila às costas naquilo que parecia um labirinto, direção a Córdoba. Ora, Córdoba, como podem constatar com uma rápida olhadela ao mapa, encontra-se mais para o interior de Espanha (ainda uns belos quilómetros) que Sevilha. Acontece que, espertas como somos, compramos o bilhete de Granada para Sevilha sem pensar no destino seguinte. Vimos Córdoba e gostamos, por isso basicamente, andámos para trás para agora tornar a ir em direção a Portugal (palminhas para nós). De qualquer forma, cá estamos. Se o outro hostel foi péssimo, este encontra-se precisamente na ponta oposta da escala (às vezes até demais). Lindo, super acolhedor e com um quê quase histórico. Adorámos e estamos a adorar o ambiente. Depois de nos instalarmos e darmos a nossa habitual volta à procura de comida (aka supermercado), volta na qual nos perdemos por completo, rondando já caminhos obscuros dos quais saimos graças a algumas almas caridosas que nos deram as direções (obrigada bia por gritares no meio da rua "EU QUERO UM SUPERMERCADO, JÁ!"), e nos instalarmos no nosso quartinho, já de jantar comido e tudo, encontrámos as reais personagens Australianas.



Abandonadas à mercê da loucura de dois indivíduos algo peculiares (para não dizer pior), demos por nós arrancadas da cama (literalmente, até cobertores nos tiraram), já em pijama, à meia noite e meia, e expulsas do quarto para nos irmos vestir, que a noite ainda era, supostamente, jovem. Guess what? Dois australianos malucos e duas sardinhas tugas perdidos pelas ruelas de Córdoba. Conselho: mantenham-se longe de Australianos se quiserem manter a sanidade mental. As pessoas mais doidas que conhecemos até hoje, sem exagero. Primeiro, dizer algo sério, para eles, é impossível. Segundo, aldrabões que dói. Terceiro, têm as ideias mais aleatórias de sempre. Quarto, dormir no mesmo quarto que eles é completamente irrealista. De qualquer maneira, temos de lhes tirar o chapéu, divertimo-nos à grande.  
Dia seguinte, eram 8 da manhã, já o despertador tocava pela milésima vez. Acontece que das 8:30 até às 9:30 da manhã a mesquita (lugar lindo, aconselhamos) estava aberta ao púbico gratuitamente (o custo normal é de 14 euros), facto a muitos desconhecido, graças à falta de informação in locos acerca de tal, mas da qual tivemos conhecimento através de um amigo que fizemos em Madrid e que já tinha passado por cá anteriormente (obrigada Amine, és o maior). Ou seja, sardinhas cheias de sono a passear. Após as visitas habituais, era já meio dia, voltámos a encontrar os nossos miguitos Australianos, desta vez no meio da rua a comer
, que tinham sido expulsos do quarto por ficarem a dormir depois da hora do check-out (doidos, estamos a dizer). Lá nos chatearam mais um bocadinho. Esperemos tê-los convencido a ir a Portugal futuramente. 

Beatriz e Carolina

Sem comentários:

Enviar um comentário